Tudo numa empresa que puder ter a caracterização de valor é chamado de capital. A menor parte dos capitais de uma empresa está na forma de moeda corrente, em Reais, como o saldo de caixa, saldo de contas correntes e de aplicações financeiras de resgates imediatos. A necessidade de transformar capitais da empresa em moeda corrente é simplesmente pela obrigatoriedade de pagar contas e de realizar trocas. O escambo não é prática aceitável na sociedade. Ou seja, realizar compras e dar como pagamentos bens e serviços não convertidos em moeda corrente, não é uma prática aceita.
Dessa obrigatoriedade de dispor de moeda corrente para pagar contas, realizar trocas e compras advém a necessidade de garantir sempre a disponibilidade de dinheiro vivo. Ou seja, garantir certa velocidade de liquidez no nível que os pagamentos exigirem. A ideia de liquidez é justamente a transformação de capitais expressos em outros formatos como nos de bens e direitos, em dinheiro em moeda corrente. Por exemplo, a ideia de “liquefazer o estoque” é através das operações de vendas e de recebimentos de clientes. Transformar produto do estoque em dinheiro de moeda corrente, bom para realizar pagamentos e trocas.
Assim, toda empresa tem um dilema permanente: garantir liquidez dos seus capitais na quantidade exigida pelos compromissos de pagamentos futuros. A liquidez dos capitais se manifesta com os recebimentos das receitas produzidas pelas vendas. Mas estes recebimentos devem ocorrer em datas e em quantidade adequadas para suprirem as necessidades de pagamentos.
A garantia do nível de liquidez que atenda à necessidade de pagamentos se dá em um processo que chamamos de Gestão do Fluxo de Caixa. Para isso, a exigência maior é justamente a organização. A empresa ser organizada. Também cuidar da organização das informações que permitem a gestão. A organização começa por registrar tudo, o que vende, o que compra, o que recebe, o que paga. Nas datas em que tudo isso acontece. A Gestão do Fluxo de Caixa está justamente nas formas de tratar o equilíbrio entre receber e pagar:
- Se for percebido excesso de dinheiro em algum momento do futuro a gestão se dá por escolher formas de aplicar esse dinheiro para fazê-lo render mais. Dinheiro parado não rende.
- Já se for percebido que num futuro qualquer haverá falta de dinheiro para pagar alguma conta, a gestão será pela ação preventiva de manter o equilíbrio adotando uma das 5 possibilidades de ação imediata, ou um combinado entre elas, preferencialmente na seqüência indicada a seguir:
- Postergar o pagamento para data em que haja disponibilidades de dinheiro
- Antecipar recebimentos, inclusive com liquidações e vendas a vista para geração de saldos positivos no caixa
- Evitar desembolsos com compras a vista para acumular saldos de caixa que possam suprir a necessidade futura de dinheiro.
- Injetar capital adicional na empresa
- Tomar dinheiro emprestado, ou realizar descontos de recebíveis, ambos sujeitos a juros e despesas financeiras que acabam por reduzir a lucratividade da empresa no período. Por isso essa é a última alternativa a considerar.
O Fluxo de Caixa é, portanto, a ferramenta de uso diário para administrar os recursos financeiros da empresa e garantir equilíbrio entre a disponibilidade de dinheiro e os compromissos de pagamentos. Mas o pano de fundo da Gestão do Fluxo de Caixa é a organização e registros das informações, o controle rígido das contas a receber e o controle rígido das contas a pagar.
Consultor Matos
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